sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

João e Maria

Quando a ouvi pronunciar pela primeira vez o seu nome
desenhei tua alma,vi tua aura e adentrei no livro da tua vida
caminhei por ele, conhecendo cada curva,cada encontro,
como se já tivesse percorrido por muitas vezes aquele caminho.
Não precisei levantar minha cabeça, olhar os seus olhos,
perguntar sua idade ou saber a sua procedência.
Tudo estava escrito no som da pronuncia do teu nome que ouvi,
e te ouvindo,juntei o teu caminho ao meu caminho,a tua vida
à minha vida, que iríamos vivenciar juntos, desbravar juntos.
O ponto de união, o ponto de saída para a partida.
Ainda não te conhecia, continuava de cabeça baixa,
anotava num questionário perguntas básicas,mas já
estava apaixonado pelo som da tua voz, pela harmonia da
pronúncia do teu nome,pela beleza das palavras que indicavam
o teu endereço, parecendo tudo tão conhecido para mim,
que me antecipei na cor do muro da tua casa, nos pés de
flamboyant na entrada do jardim,na cor dos teus olhos,
que neste momento eram de espanto e não me surpreendi!
sabia que aquele momento era mágico, era o nosso momento.
Então levantei os meus olhos até alcançarem os teus,
uma eternidade se passou, trocamos confidências, falamos do futuro,
do presente , do passado, construímos palácios, sonhos, uma vida.
Quando nossas mãos se tocaram, num formal bom dia,
já estávamos apaixonados e casados na alma.
Um ao outro já se pertencia, ela ainda não tinha ouvido o
meu nome que era João,mas eu já sabia o seu , que era Maria


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